quinta-feira, 28 de julho de 2011

C O N V I T E

Convidamos tod@s para a defesa de tese, do prezado colega Felipe Bruno Martins Fernandes, no dia 12/08 às 13h30min no mini-auditório do CFH da UFSC.

Defesa de Tese: “A Agenda Anti-Homofobia na Educação Brasileira (2003-2010)”

Horário: Das 13h30min às 18h30min

Mini-Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis, Brazil

Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Área de Concentração: Estudos de Gênero
Linha de Pesquisa: Epistemologia dos Estudos Interdisciplinares de Gênero


Informações:
Campus Universitário - Trindade - CEP 88.040-900 - Florianópolis
Santa Catarina - Brasil
Fone: +55 (48) 3721-9405
Email: dich@cfh.ufsc.br
http://ppgich.ufsc.br/


Banca Examinadora:
Miriam Grossi (Presidenta - UFSC)
James Green (Membro - Brown)
Alinne Bonetti (Membro - UFBA)
Paula Ribeiro (Membro - FURG)
Antonella Tassinari (Membro - UFSC)
Luzinete Minella (Membro - UFSC)
Joana Pedro (Co-Orientadora - UFSC)
Jimena Furlani (Suplente - UDESC)
Fernando Pocahy (Suplente - UFSC)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mostra de filmes na Lagoa discute homofobia e desigualdade social


As relações entre discriminação sexual e desigualdades sociais desafiam as políticas públicas no Brasil e estão no centro dos debates dos estudos de gênero e identidade. Nos dias 2 e 3 de agosto, na Casa das Máquinas, na Lagoa da Conceição, o Curso de Antropologia da UFSC promove, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte, a “Mostra Audiovisual Homossexualidades, Racismo, Educação e Violências: a obra de Vagner de Almeida”. O evento parte da obra cinematográfica do teórico e ativista político Vagner de Almeida, que estará presente, para provocar discussões sobre cidadania e igualdade de gênero. A mostra é gratuita. Os interessados devem retirar os ingressos no local, uma hora antes das exibições.
O evento quer mostrar como as relações permeadas pelo racismo e homofobia produzem miséria social. “A desigualdade social precisa ser vista em sua complexidade como um problema que perpassa não só a classe, mas também a raça e o gênero”, lembra Miriam Grossi, coordenadora do Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividades da UFSC, que soma esforços a duas outras entidades de pesquisa na organização do evento: o Núcleo de Antropologia Audiovisual (Carmen Rial) e Estudos da Imagem e o Núcleo de Estudos sobre Identidades e Relações Interétnicas (Ilka Boaventura Santos).  “Os sujeitos têm marcas no corpo que produzem desigualdades”, anota Felipe Bruno Martins Fernandes, doutorando do Curso Interdisciplinar em Ciências Humanas, um dos organizadores da Mostra.
A atividade antecede o reinício das aulas nas universidades e a Primeira Conferência Municipal Lésbicas Gays Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTTT) em Florianópolis,  marcada para o dia 23 de agosto, a partir das 8h30min, no auditório da Câmara de Vereadores. Funcionará como uma espécie de preparação para os delegados desse fórum, que seguirão para a etapa estadual, ainda sem data, e para a nacional, já convocada pela presidente Dilma Rousself para dezembro, em torno de dois eixos: combate à miséria e à discriminação. O objetivo da etapa municipal é definir um consenso sobre o que se quer para Florianópolis em relação à promoção da
cidadania e da diversidade de gênero. “Optamos por fazer um evento de férias que discuta questões como violência sexual, feminismo, identidade, que faça teoria e política e ao mesmo tempo divirta com o colorido e a alegria da pluralidade”, diz Fernandes. A participação na mostra é gratuita, a exibição dos filmes é seguida de debates e da promoção de lanches.
Vagner de Almeida, o cineasta e documentarista homenageado, coordenou o Projeto Juventude e Diversidade Sexual e atualmente coordena trabalho com população da Terceira Idade na Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), no Rio de Janeiro. Diretor de filmes e teatro, ativista, escritor, ator e crítico de teatro, seu trabalho está focado em gênero e sexualidade, HIV/AIDS, e a relação entre exclusão social, saúde e doença. Atualmente integra o Program on Gender, Sexuality and Sexual Health in Latino Communities and Cultures, no Center for the Study of Culture, Politics and Health dirigido pelo pesquisador Richard Parker da Columbia University (New York/EUA).
Informações:
Felipe:  ou telefones: (48) 33047564 ou (48) 96199881.
Vagner de Almeida: (21) 25429024 ou   (21) 81070109 – – www.vagnerdealmeida.com
Miriam Pillar Grossi:  (48) 91 31 55 90.
Divulgação: Raquel Wandelli, assessora de comunicação social da SeCArte
Fones: 37219459 e 99110524.
Filmes da Mostra
Dando a volta por cima: uma história coletiva – http://mostravagnerdealmeida.wordpress.com/filmes/dando_volta_cima
9min | 2008
Esse documento apresenta de forma cronológica os materiais de prevenção para homossexuais HSH, travestis e lésbicas, produzidos pelo governo e pororganizações da sociedade civil organizada entre os anos 1980 e 2000. O material faz ainda uma homenagem a líderes comunitários já falecidos que se dedicaram à prevenção do HIV/AIDS na comunidade LGBT brasileira.
Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ) – Janaína Dutra – Uma Dama de Ferro 50min | 2011
Em fevereiro de 2004 falecia em Fortaleza, aos 43 anos de idade, a advogada Janaína Dutra Sampaio. O movimento da diversidade sexual brasileiro perdia uma de suas ativistas mais importantes, instalando-se um grande vazio. Este filme conta a história de vida e luta política de Janaína Dutra. Amigos, amigas e familiares relembram fatos e momentos da vida de alguém, que com muita coragem e sabedoria, soube mobilizar resistência e a luta das travestis por seus direitos humanos.
Produção: GRAB – Grupo de Resistência Asa Branca (Fortaleza, CE)
Sexualidade e Crimes de Ódio
27min | 2008
Este documentário busca ser uma forma de protesto diante da extrema brutalidade cometida contra os homossexuais no Brasil. Crimes de ódio, oriundos de diferentes segmentos da sociedade. Para o diretor do filme, a igreja católica e os grupos evangélicos radicais são co-responsáveis pelo crescimento da intolerância ao lutarem contra os direitos civis das minorias sexuais. Em uma sociedade onde predominam  os valores machistas, religiosos e moralistas contra a comunidade GLBT, a ausência de direitos já levou a morte a milhares de cidadãos(ãs) brasileiros.
Produção: Vagner de Almeida e Richard Parker
Basta um Dia
55min | 2006
O filme documentário “Basta um dia” aborda a vida de brasileiros e brasileiras que, entre a coragem e o medo, tentam, muitas vezes sem sucesso, sobreviver à dura realidade de violências impostas ao seu cotidiano. São travestis, homossexuais, bichas boys, monas, gays, enfim, habitantes da Baixada Fluminense que enfrentam o preconceito, a agressão física e a morte física e social nas margens da rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre a duas maiores e mais ricas metrópoles do país, Rio de Janeiro e São
Paulo.
Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)
Escola Sem Homofobia
18min | 2006
Vídeo educativo centrado nas oficinas realizadas com professores da Rede Pública de Ensino de Nova Iguaçu e Duque de Caxias sobre a temática da homossexualidade nas escolas. Mostra como a vivência na escola pode ser um caminho para o exercício da cidadania plena e um ambiente de respeito à diversidade sexual. Essas oficinas fizeram parte do projeto Escola sem Homofobia: trabalhando a diversidade sexual com professores da Rede Pública de Ensino de Nova Iguaçu e Duque de Caxias que a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Ministério da Educação (Secad/MEC), a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e as Secretarias Municipais de Educação de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, realizou com os professores de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental.
Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)
I Encontro Nacional de Jovens Gays e outros HSH – Prevenção, Solidariedade e Ativismo em HIV/Aids
30min | 2010
Este documentário é direcionando para uma audiência ampla, tais quais jovens de diferentes classes sociais e etnia, educadores, familiares e outras pessoas que estão envolvidas diretamente com população jovem no Brasil e no mundo.
Produção: GRAB (Fortaleza, CE)
Ritos e Ditos de Jovens Gays
43min | 2002
Ritos e Ditos de Jovens Gays nos oferece uma tela viva que desvenda a vivência do jovem homossexual em tempos de AIDS – o seu sofrimento e a sua alegria, as suas angústias e os seus sonhos. O vídeo fala com as palavras dos jovens, sobre as suas experiências e as suas vidas, e, acima de tudo, sobre a sua coragem em enfrentar com dignidade e honestidade uma sociedade tantas vezes injusta e opressiva.
Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)
Cabaret Prevenção
20min | 1995
Fruto da Oficina de Teatro Expressionista, desenvolvida pelo Projeto Homossexualidades, o vídeo registra o espetáculo que procurou levar para o palco, de maneira bem-humorada e ao mesmo tempo reflexiva, a realidade cotidiana homossexual e o impacto da epidemia da AIDS, através de textos escritos, encenados e produzidos pelos próprios participantes da Oficina.
Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)
Borboletas da Vida
38min | 2004
O filme “Borboletas da Vida” desvenda a realidade dos jovens homossexuais que vivem na periferia das grandes cidades, sofrendo os efeitos da pobreza e da miséria, sem perder sua dignidade, sua criatividade… Homossexuais, transformistas, borboletas da vida real brasileira… eles/elas “carregam, a mulher na bolsa”, experimentam com as possibilidades e os limites do gênero e da sexualidade, e enfrentam a discriminação com força, coragem, e determinação…
Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)
Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica
45min | 2009
Documentário que trata da vida de mulheres brasileiras e seus enfrentamentos na sociedade lesbofóbica e racista. Mulheres essas, que ainda vivem a margem da sociedade e necessitam com muita força e coragem desvendar-se todos os dias.
Produção: Vagner de Almeida
Programação
Abertura – 02/08/2011 | 17h-18h
Mesa de Abertura – Neste momento será projetado o filme “Dando a volta por cima: uma história coletiva“.
Sessão de Abertura – 02/08/2011 | 18h – “Janaína Dutra: uma Dama de Ferro”, com presença do diretor Vagner de Almeida.
: Felipe Bruno Martins Fernandes (NIGS/ UFSC) e Kelly Vieira (ADEH).
19h – Coquetel
Sessão 01 – 02/08/2011 | 19h30min-21h30min
Homofobia e Intolerância Religiosa
Projeção dos filmes: “Sexualidade e Crimes de Ódio” e “Basta um dia“.
Coordenador: Fabrício Lima (ROMA)
: Profa. Miriam Pillar Grossi (NIGS/ UFSC); Profa. Maria Regina Lisbôa (PPGAS/UFSC)
Sessão 02 – 03/08/2011 | 15h-17h30min
Juventudes e Educação
Projeção dos filmes: “Escola Sem Homofobia“, “I Encontro Nacional de Jovens Gays e Outros HSH” e “Ritos e Ditos de Jovens Gays“.
Coordenadora: Tânia Welter (PIBIC-Ensino Médio – CNPq/Papo Sério/NIGS/UFSC)
: Mareli Eliane Graupe (NIGS/UFSC) e representante do Comitê Escola Sem Homofobia.
Sessão 03 – 03/08/2011 | 18h-20h
Identidades
Projeção dos Filmes: “Cabaret Prevenção” e “Borboletas da Vida“
Coordenadora: Mônica Siqueira (NAVI/UFSC)
: Profa. Ilka Boaventura Leite (NUER/ UFSC); Profa. Antonella Tassinari (NEPI/UFSC).
Sessão 04 – 03/08/2011 | 20h30min-22h
Lesbianidades
Projeção do Filme: “Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica“
Coordenadora: Maria Guilhermina Cunha Salasário
(ADEH)
: Profa. Mara Coelho de Souza Lago (MARGENS/UFSC); Profa. Jimena Furlani (LABGEF/ FAED/UDESC).
Wagner filmando
Vagner: discussões sobre a cidadania





Publicado em 27 de julho de 2011, às 9:07

Notícias da UFSC
Fonte: http://noticias.ufsc.br/2011/07/27/mostra-de-filmes-na-lagoa-discute-homofobia-e-desigualdade-social/

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Orientação Sexual não deve ser usada como critério para a seleção de doadores de sangue, segundo Portaria 1.353 do Ministério da Saúde

"Faixa etária para doação de sangue é ampliada

Portaria 1.353, publicada no DOU de hoje, incentiva aumento das doações ao estender o número de possíveis voluntários e aprimorar triagem de candidatos Está publicada, no Diário Oficial da União desta terça-feira (14), a Portaria 1.353, que estabelece o novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, com novos critérios para a doação de sangue no Brasil. A nova legislação estabelece diretrizes voltadas ao aumento da segurança para quem doa e recebe sangue no país e inova ao ampliar a faixa etária para candidatos à doação. Com as medidas, a previsão do Ministério da Saúde é que aproximadamente 14 milhões de brasileiros sejam incentivados a serem doadores em potencial. Faixa atinge jovens entre 16 e 17 anos (mediante autorização dos pais ou responsáveis) e ampliação para idosos com até 68 anos (veja abaixo). “Esta portaria é um salto importante. Ela reforça as medidas de proteção a quem vai doar, que será bem tratado e acolhido, e estabelece um programa de controle de qualidade dentro dos hemocentros. Com as novas regras, estamos ampliando a proteção a quem vai receber o sangue, tendo regras nacionais claras sobre a captação de doações”, destacou Padilha. A Portaria 1.353 determina, ainda, que a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) não deve ser usada como critério para a seleção de doadores de sangue, por não constituir risco em si própria. Ou seja, não deverá haver, no processo de triagem e coleta de sangue, manifestação de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condição socioeconômica, raça, cor e etnia. Os avanços estabelecidos no novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos são resultado de consulta pública iniciada, pelo Ministério da Saúde, em 2010. A consulta recebeu 500 contribuições de especialistas do setor e da sociedade civil. Padilha destacou a melhor definição de papéis entre os atores envolvidos na captação do sangue como outro avanço introduzido pela portaria. “A Anvisa vai continuar tendo o papel de fiscalização e de proteção, mas atuando de modo integrado a uma política nacional de sangue e hemoderivados que vai além”, acrescentou. FAIXA ETÁRIA – A partir desta nova legislação, jovens entre 16 e 17 anos (mediante autorização dos pais ou responsáveis) e idosos com até 68 anos também poderão doar sangue no Brasil. Pela norma anterior, a doação era autorizada para pessoas com idade entre 18 e 65 anos de idade. Com a ampliação da faixa etária para doação, a expectativa do governo federal é ampliar o volume de sangue coletado no Brasil que, atualmente, chega a 3,5 milhões de bolsas por ano. Esta quantidade é considerada suficiente; porém, o esforço do Ministério da Saúde é atingir os padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS): cerca de 5,7 milhões de bolsas de sangue por ano. Para o próximo ano, a meta é que o país registre, anualmente, quatro milhões de bolsas. A ampliação da faixa etária para doação de sangue é baseada em evidências científicas, comprovadas por estudos internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Associação Americana de Sangue (ABB) já havia aprovado que jovens com idade entre 16 e 17 anos e também idosos com mais de 65 anos pudessem doar. Estas novas diretrizes relacionadas à idade dos doadores também já vigoram em países europeus. “A decisão de ampliar a faixa etária está, ainda, afinada à tendência de crescimento da expectativa de vida da população brasileira”, acrescenta Guilherme Genovez. HUMANIZAÇÃO – A Portaria 1.353 estabelece medidas voltadas à humanização nos serviços de hemoterapia a partir da capacitação de profissionais da Rede Brasileira de Hemocentros (Hemorrede). “O objetivo é melhorar a atenção e o acolhimento dos candidatos à doação”, explica o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez. Desde 2004, o Ministério da Saúde é responsável por normatizar e coordenar a política de sangue, componentes e hemoderivados no país. A Portaria 1.353 aprimora e substitui a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 153/04, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela regulação sanitária dos serviços de hemoterapia. QUEM PODE DOAR SANGUE Candidatos com: - Aspecto saudável e declaração de bem-estar geral; - Idade entre 18 anos completos e 67 anos, 11 meses e 29 dias. Podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade de 16 e 17 anos, com o consentimento formal do responsável legal. E, em caso de necessidades tecnicamente justificáveis, o candidato cuja idade seja inferior a 16 anos ou superior a 68 anos somente poderá ser aceito após análise pelo médico do serviço de hemoterapia. - Peso mínimo de 50 kg. Candidatos com peso abaixo de 50 Kg podem ser aceitos após avaliação médica e desde que respeitados critérios específicos estabelecimentos na Portaria 1.353/11."

Izabel Bacelar, da Agência Saúde – Ascom/MS 61/3315-6266 


14/06/2011 , às 15h08